27 novembro 2006

O PODER DO BEIJO.


O PODER DO BEIJO.
O Beijo é como código secreto,
Abre a obscura porta do coração,
É a codificação do sublime afeto,
Desvendando o segredo da paixão,
É como raio em brasa,
Alastra por dentro como furacão,
O corpo estremece a mente obedece,
Ao comando desta grande excitação.
Aquele beijo que me deste,
Até hoje sinto o seu sabor,
É o gosto do fruto silvestre,
Que tem o feitiço do amor.
Autor: Poeta Mineiro/
26/11/06.

AMAR É VALORIZAR.


AMAR É VALORIZAR.
Segue o cortejo, como procissão,
Na frente o esquife da doce amada,
Quando viva era só servidão,
Hoje mulher bondosa e idolatrada.
O seu valor era sempre esquecido,
Cumpria seus afazeres sem reclamar,
Até mal tratada pelo marido,
Agora é tarde, não adianta chorar.
Sentirá na pela a triste perda,
Quando a falta na tua vida chegar,
Da casa arrumada roupa lavada,
Agora é tarde, não adianta elogiar.
Tenha sempre amor e reconhecimento,
Valorize em vida, pra não arrepender,
Depois de morta é só o sofrimento,
Da perda da amada e do bem querer.
Autor: Poeta Mineiro
01/11/06.

PIRÂMIDE DO PRAZER.


PIRÂMIDE DO PRAZER

Deleito-me na tua cama
Na maciez dos teus seios
Na suavidade da tua pele
Nos desejos dos teus anseios.

Nossos corpos se unem
Num frenesi alucinante,
Transformando em um só corpo
Em delírios de amantes.

Momento de amor selvagem,
Sem regra e preconceito
É uma longa viagem
A procura do prazer perfeito.

No auge do teu gozo
Sussurros ilegíveis, meu amado,
Corpos suados e cansados,
Por este prazer embriagado.

Sexo, amor e paixão
Formam a pirâmide do prazer,
O êxtase desta união
É eloquente, e fazem enlouquecer.


Autor: POETA MINEIRO
23/05/06

26 novembro 2006

MULHER


MULHER.

Nos teus olhos eu vejo amor,
Nos lábios um grande desejo,
Teu corpo incendeia, puro calor,
Acalmar-te-ei com um longo beijo,

Desejo ardente que trago no peito,
De tê-la em meus braços com paixão,
Tu és o fruto proibido, fruto do amor,
Provar deste necta é perdição.

Teu encanto provoca fascínio,
É magia só em olhar,
Menina, você é tentação,
No seu simples modo de andar.

Você é a força é a graça,
Tem tudo o que quiser,
Não é uma deusa nem ninfa,
É simplesmente uma mulher.

Autor: Poeta Mineiro
02/11/06

23 novembro 2006

ALMA EM LUTO.


ALMA EM LUTO.

Vesti minha alma com luto da dor,
Tenho na retina sua foto revelada,
Sou prisioneiro nas algemas do amor,
Sou réu confesso nessa vida desgarrada.

A morte desse amor o culpado fui eu,
Por amar de mais esqueci de viver,
Dediquei toda a vida só para ti,
Hoje desiludido só me resta esquecer,

Não é fácil esquecer este amor intenso,
Que pulsa no peito esta grande dor,
Tenho a cabeça confusa já nem penso,
Só em lembrar no momento feliz que passou.

É triste, mas é real,
Sou um morto vivo a respirar,
Só falta este sentido banal
Deixar de existir para o sofrimento acabar.

Autor: Poeta Mineiro
23/11/06

MENINA TRISTE.


MENINA TRISTE.

Menina vejo em seus olhos tristeza,
No seu coração um descompassado pulsar,
Esqueça as desventuras e viva o presente,
Abra seu coração para o amor entrar.

Não faça do seu passado o presente,
Não reviva esta dor sem valor,
Você é amada e desejada,
Desprenda das algemas, esqueça o que passou.

O presente é seu futuro,
Reviva das cinzas um novo dia,
Sofrer por um amor impossível,
É morrer pouco a pouco na agonia.

Não existe dor maior que não cure,
Com a força do verdadeiro amor,
Alimentar ilusão é loucura,
Sabendo que toda esperança acabou.

Autor: Poeta Mineiro
22/11/06.

21 novembro 2006

HOLOCAUSTO.


HOLOCAUSTO

Cravaste no peito, cruz do sufrágio,
Inerte no calvário, que suplicio,
Sorvi dos lábios teus, beijo da traição,
Oh! serpente daninha, perdição.

Promessas de amor, acreditei,
Hoje, alimento ilusão,
Prostrado neste catre de dor,
Oh! vida, o que restou,

Só me resta a desdita,
Vida sem solução,
Morte amiga, quero-te comigo,
Livrai-me desta aflição.

Rastejei-me como verme,
Humilhado e rejeitado,
Morte, não és cruel, ou culpada,
Leve-me pro teu lado.

Autor: Poeta Mineiro
09/06/06

DONA MORTE.


DONA MORTE


Morte ingrata, morte amiga,
Companheira da vida que é,
Sempre juntas, lado a lado,
Não separam nem por pecado.

Quando nasce, junto vem,
É bagagem de toda vida,
Sempre atenta, o bote quer dar,
Vida curta, vou te levar.

Não escuto, não enxergo,
Nem teu cheiro exalar,
Morte amiga, peço a ti,
Deixa a vida caminhar.

São extremos, são opostos,
Equilíbrio da humanidade
Um tão fraco, outro tão forte,
Falo da dona morte.

Não escolhe, executa,
Seja rico seja pobre,
Com tua foice recurvada
Cruel, não sente culpada.

Autor: Poeta Mineiro
06/06/06

ANJO DA GUARDA.


ANJO DA GUARDA

Foi em sonho, tudo aconteceu,
Noite fria, sem estrelas para me guiar,
Perdido na escuridão, preto como breu,
De repente do nada apareceu,

Uma estrela, sozinha no infinito,
Brilho deslumbrante e acolhedor
Me senti confortado com amor,
Era o anjo da guarda, meu protetor,

Em forma de estrela, me guiou,
Pois em sonho, medo e terror,
Oh! Anjo da salvação,
Tiraste-me desta aflição.

Poeta Mineiro
10/06/06.

20 novembro 2006

CRUZEIRO.


CRUZEIRO

Segue o curso garboso maestro,
Rasgando as águas, cortando as ondas,
Com o teu casco a melodia ecoa,
Ao som das harpas, das virgens sereias,

O céu e mar no infinito vazio,
Confundem ao longe toda visão,
Raios do sol nas águas refletem,
É o prisma da vida; quanta emoção,

A meia luz ao som deste tango,
Eu sigo teu vulto com meu olhar,
Tua silhueta na pista encanta,
Com suaves passos a desfilar,

Como chama em brasa, é o que sinto,
Propagado por este corpo sedutor,
Que no meio do salão bailava,
Exalando teu perfume; que amor,

Nossos olhos cruzaram; incautos,
Grande emoção no momento senti,
Meu coração enamorado estava,
Pensei que por dentro tudo ia partir,

Este cruzeiro, tão desejado,
Eu não sonhava com tanta emoção,
Sinto como um jovem encabulado,
Diante de tamanha sedução,

Vontade de procurá-la, detive,
De repente de mim aproximou,
Meiga, cândida e muito faceira,
Para o meio do salão me levou,

A noite toda com ela dancei,
Trocamos beijos e juras de amor,
Mas, no ultimo tango eu logo notei,
Era só aventura, tudo acabou.

Autor: Poeta Mineiro
28/08/06

GAROTA DA PRAIA


GAROTA DA PRAIA.

Corpo que bronzeia sobre a areia,
O sol é sua única paixão,
Não liga quem passa e espreita,
Aquele corpo em exposição.

Sol! Como gostaria de sê-lo,
Para aquela miragem acariciar,
Dourar os seus pequenos pelos,
Dando transparência a quem olhar.

É uma obra prima ali exposta,
Aos olhos de admiração,
Não tem quem passa e não gosta,
É só suspiro e exclamação.

Corpo esculpido com esmero,
Em torno de alta precisão,
Tu és divina é tempero,
Para o cardápio da paixão.

Autor: Poeta Mineiro
05/11/06

A MINHA PÉTALA


A MINHA PÉTALA.

Tu és da rosa a pétala mais bela,
Com amor e carinho, esta rosa fecundei,
Então surgiu esta figura, linda e singela,
Que há muito tempo sempre esperei.

Olhos da cor das matas e do céu,
Pele clara como albor do amanhecer,
Teu sorriso tão doce como mel,
Cabelos dourados como o sol no entardecer.

Menina de gênio forte e até rebelde,
Cabeça dura como aço temperado,
Da sua decisão, nunca sede,
Mantendo até o fim, mesmo quando está errada.

A amo desde a tua concepção,
Já em feto era a minha doce princesa,
Quando a este mundo surgiu - muita emoção,
Grande dádiva recebida – quanta beleza.

O tempo passou, hoje moça formada,
É a mesma pétala que um dia nasceu,
É a minha perola, rara e encantada,
Que na primavera mais um ano floresceu.

Autor: Poeta Mineiro
26/10/06

AMOR INESQUECÍVEL.


AMOR INESQUECÍVEL.

Quando vejo a sua foto estampada no meu quarto,
Recordo os momentos felizes que passei com você,
Hoje só lembrança, tudo agora é passado,
Resignado eu vivo, mas jamais vou ti esquecer.

Você fez nascer em mim à esperança,
Que há muito tempo adormecida estava,
Tive sonho, até vivi como criança,
De repente meu castelo de sonho desmoronava.

Mulher, você foi meu sonho minha ilusão,
Com você momentos inesquecíveis passei,
Trago no peito esta triste recordação.
Hoje nada sou, e ninguém mais amei.

Autor: Poeta Mineiro
16/11/06

AMOR PLATÔNICO.


AMOR PLATÔNICO

Suave, sublime e agradável,
Em teu seio me entrego,
Oh! divina e exuberante,
Quanta graça em ti enxergo;

Muitos prantos angustiados,
Só a ti participei,
Teu silêncio me embala,
Com carinho só eu sei.

Fizeste de mim admirador,
Eu de ti confidente,
Mostro-te tristeza e amor,
Em silencio, escuta e sente.

As vezes acompanhada,
Outras vezes sozinha senti,
Não entristeça o amada,
Aqui estou sempre presente.

Inspiração eu sinto,
Quando ao teu lado estou,
Componho minhas poesias,
Falo de sonhos, amor e dor.

Oh! Noite dos poetas,
Enamorados também,
Tu tens tantos mistérios,
Não revelas a ninguém.

Autor: Poeta Mineiro
12/06/06

A JANELA


A JANELA

Todo dia na janela
Lá se encontrava ela
Com lagrimas de tristeza
O choro da donzela,
Todos que passavam
Perguntavam para ela
Porque choras tanto assim?
Ó triste donzela,
Tua boca emudeceu
Tua vida é chorar
Talvez amor que perdeu
Mas nada quer falar.
Já era conhecida
Por todos moradores
Sempre na janela
O choro da donzela.
Certo dia emudeceu
O choro acabou
Na janela não apareceu
O povo preocupou.
Talvez tenha até
Aliviado teu coração
Encontrado um grande amor
E tirada da aflição.
Mas não foi bem assim.
A tragédia aconteceu
Cansada de sofrer
Com teu segredo morreu.
O povo acostumado
Com o choro na janela,
Todos entristeceram
Sentindo falta dela.

Autor: Poeta Mineiro
01/06/06

19 novembro 2006

A MINHA ESPOSA E FILHOS.


SONETO DE DESPEDIDA

A MINHA ESPOSA E FILHOS.

Quando a morte no meu corpo chegar,
Estarei pronto para receber,
Não terei medo, pois não posso parar,
É nosso destino, vou fenecer,

Não quero que tenha no meu velório,
Lamento, e que não sirvam nem café,
Ali jaz um corpo, não um casório,
Portanto faça oração e muita fé,

A minha esposa e meus filhos queridos,
Eu peço perdão as falhas cometidas,
Não fiquem com os corações feridos,

Sempre os amei, por toda minha vida,
Parto tranqüilo, não estou sentido,
Agora só me resta a despedida.

Autor: Poeta Mineiro
13/08/06

LÁGRIMAS DE UM PAI.


LAGRIMAS DE UM PAI

Querido filho, filho querido,
Como dói meu coração
Tão distante, sinto partido,
O meu peito de aflição.

Quando falo ao telefone
E ouço a tua voz
Lagrimas rolam dos meus olhos
Sentindo-me como seu algoz.

Perdoe minhas falhas
Que outrora cometi
Foram feitas impensadas
E nem tão pouco refleti

Sei, o tempo não cicatriza,
Sempre volta a tona,
Peço meu filho querido
A este velho não abandona.

Estou sempre ao teu lado
Para o que der e vier,
Conte sempre comigo.
O teu velho pai que o quer.

Autor: POETA MINEIRO
24/05/06

QUEM SOU?

QUEM SOU?

Sou como um grão de areia,
E como a imensidão do mar,
Sou uma estrela solitária,
Sou o todo numa noite de luar,

Sou um ser sem direção,
Sou como a bússola a orientar,
Sou vazio sem coração,
As vezes cheio de amor pra dar,

Sou forte como a rocha,
Fraco também como papel,
Sou quente como fogo na tocha,
As vezes frio como o gel,

Sou o principio sem fim,
Ou o meio sem começo,
Eu sou o tudo e não sou nada,
Nem eu mesmo me conheço.

Autor: Poeta Mineiro
28/10/06

A DEUSA DOS MEUS SONHOS




A DEUSA DOS MEUS SONHOS

Menina dos olhos azuis
Tão belo como luar
Tua boca provoca loucura
Teu sorriso a fascinar

Teu colo é aconchego
Tuas mãos para acariciar
Teus lindos cabelos dourados
Ofusca o raio solar

O jeito meigo de falar
Tão suave que encantei
Foi desta linda mulher
Que eu sempre sonhei

Ao teu lado sinto feliz
Um homem realizado
Você mostra a magia
Deste mundo encantado


Autor: Poeta Mineiro
Abril/2006