21 novembro 2006

DONA MORTE.


DONA MORTE


Morte ingrata, morte amiga,
Companheira da vida que é,
Sempre juntas, lado a lado,
Não separam nem por pecado.

Quando nasce, junto vem,
É bagagem de toda vida,
Sempre atenta, o bote quer dar,
Vida curta, vou te levar.

Não escuto, não enxergo,
Nem teu cheiro exalar,
Morte amiga, peço a ti,
Deixa a vida caminhar.

São extremos, são opostos,
Equilíbrio da humanidade
Um tão fraco, outro tão forte,
Falo da dona morte.

Não escolhe, executa,
Seja rico seja pobre,
Com tua foice recurvada
Cruel, não sente culpada.

Autor: Poeta Mineiro
06/06/06